segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

PLASMA RICO EM PLAQUETAS.

A mais nova opção do arsenal terapêutico no tratamento de doenças ligadas à medicina esportiva é conhecida por três letrinhas: PRP. Guarde bem porque você ainda vai ouvir muito sobre elas. Significa Plasma Rico em Plaquetas e está sendo uma revolução no tratamento de algumas lesões. De descoberta muito recente (faz menos de oito anos que seu uso foi mais bem definido e os estudos avançaram), foi inicialmente utilizado na Ortopedia com a intenção de acelerar a consolidação de fraturas, mas foi primeiramente empregado pelos cirurgiões plásticos no começo da década de 90.

Para iniciar: plasma é a parte líquida do sangue, e as plaquetas são fragmentos de células responsáveis pela coagulação. Resumidamente, funciona assim: o paciente tem retirado poucos mililitros de sangue, como em um exame de rotina. Depois de devidamente acondicionado num recipiente específico, ele é colocado numa pequena máquina, idealizada para esse fim, que fará sua centrifugação, separando a parte líquida (plasma) da parte celular (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas). Apenas o plasma junto com a porção que contém as plaquetas é separada e injetada na região que se pretende tratar.
É no interior dessas plaquetas que existem substâncias denominadas fatores de crescimento (são seis diferentes tipos) que dão início aos processos de reparação e regeneração celular, sendo considerados verdadeiros cicatrizantes biológicos. São esse os fatores que realmente interessam no tratamento.

Os estudos recentes - existem centenas deles - demonstram fortemente que o PRP estimula o processo de cicatrização de algumas lesões, através de um mecanismo complexo. Já há um bom número de patologias que estão sendo beneficiados com sua utilização. Entre elas estão as lesões tendinosas de uma maneira geral (epicondilite lateral e medial do cotovelo, tendinite patelar, lesões do manguito rotador do ombro, lesões do tendão de Aquiles), algumas lesões ligamentares do joelho e alguns casos de artrose. Além disso, também causa efeitos benéficos no tratamento de lesões musculares,fraturas e aceleram a recuperação em alguns casos cirúrgicos.

A ARTRO é a primeira clínica do Paraná a disponibilizar esse tratamento inovador aos seus pacientes.

Veja abaixo reportagem sobre o assunto no Esporte Espetacular.



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

COM OS PÉS NO CHÃO.

Para quem pratica corrida habitualmente, nada mais importante para evitar lesões do que um tênis macio, confortável, que se adapte bem à pisada e com um moderníssimo sistema de amortecimento, certo? Bom, até dias atrás ninguém ousaria dizer o contrário. Mas um grupo de médicos dos Estados Unidos, do Reino Unido e do Quênia colocaram uma pedra dentro dos tênis de última geração.

Essa semana eles publicaram um estudo na renomada revista científica Nature onde comprovam que as pessoas que correm descalças tendem a distribuir melhor o impacto causado pelo exercício. Por desenvolver um estilo diferente de correr, esses atletas sofreriam menos com o impacto dos pés no chão e, indiretamente, teriam uma menor possibilidade de lesões nos membros inferiores. E tem mais: eles afirmam ainda que esse tipo de corrida causa menos impacto que simplesmente andar. Quando se sabe que um corredor bate o pé no solo cerca de 600 vezes por quilômetro e que 30% deles tem ao menos uma lesão por ano é que se vê esse tipo de pesquisa pode causar alvoroço nos hábitos dos amantes da corrida.

E o motivo é, até certo ponto, simples: quando corremos com tênis, normalmente é o calcanhar que encosta primeiro no solo, até por uma indução do modelo do calçado, que possui um amortecimento maior nessa região. Sendo assim, há uma área de contato restrita pra descarregar o peso corporal, onde a força do impacto pode chegar até três vezes o peso da pessoa. Já quem corre descalço põe primeiro a região anterior (ou toda a planta) do pé no chão. Como conseqüência, isso gera uma área maior de contato, distribuindo mais homogeneamente o impacto da pisada.

É claro que isso não significa que tenhamos que abandonar nossos tênis modelos 2010, acenando com tristeza quando eles partirem nos caminhões do Lixo que não é lixo. Mesmo porque como o estudo acabou de sair do forno, não há pesquisas que comparem o número de lesões dos corredores com e sem tênis. E ainda que, eventualmente, seja favorável aos “sem-calçados”, também parece ser difícil ver centenas de pezinhos livres, lépidos e fagueiros correndo nos parques da cidade. Mas que isso vai trazer alguns questionamentos à tona, isso vai. Aguardemos os próximos capítulos.
Atualização: O tema realmente é polêmico. Até a Globo se interessou pela pesquisa feita em Harvard. Assista reportagem sobre o assunto no Esporte Espetacular de ontem (07/02/2010).