quinta-feira, 28 de março de 2013

Boa Páscoa


segunda-feira, 18 de março de 2013

Lesões Traumáticas no Voleibol

"Estávamos em junho de 2001, e era meu primeiro jogo oficial como médico da Seleção Brasileira Masculina de Voleibol. No final do primeiro set, ao tomar impulso para saltar e atacar uma bola na saída, o nosso oposto caiu e começou a gritar de dor. Os jogadores que estavam perto, ao ver o joelho dele, ficaram assustados. Entrei na quadra, e logo diagnostiquei, pela primeira e única vez em 16 anos à beira da quadra, uma ruptura do tendão patelar, lesão que ficou “famosa” no mundo esportivo depois que o Ronaldo teve uma semelhante. Começo este artigo contando essa história, pois vou falar sobre as lesões traumáticas e cirúrgicas que acometem os jogadores de voleibol."


Felizmente, devido ao voleibol não ser um esporte de contato direto, essas lesões são bem mais raras que as lesões por esforço repetitivo, como as tendinites patelares, de Aquiles e nos tendões do ombro. Porém, costumam ser mais graves, e para piorar, afastam os atletas por mais tempo do esporte, causando sequelas em algumas situações.
Nos membros inferiores, a ruptura do tendão patelar ou tendão do quadríceps na região do joelho, sem dúvida, é a mais grave de todas, necessitando de cirurgia o quanto antes, para que seja reparado e reforçado o tendão. Esse tipo de lesão leva em torno de 8 meses para recuperação e, invariavelmente, diminui a capacidade de salto do atleta no retorno ao esporte.
Os entorses do joelho, levando a ruptura do ligamento cruzado anterior, associado ou não a lesões de menisco, já acontecem com maior frequência, sendo 3 a 4 vezes mais comuns em mulheres necessitando que o mesmo seja reconstruído, demandando uma recuperação média de 6 meses até que o atleta possa voltar a jogar.
As lesões de menisco também são relativamente mais comuns, porém felizmente após tratamento por artroscopia (cirurgia por vídeo), o tempo de retorno gira em torno de 30 dias. A lesão traumática mais frequente dos membros inferiores é entorse de tornozelo, que em jogadores de voleibol raramente tem indicações cirúrgica, e com o tratamento fisioterápico, dependendo do grau da lesão, pode afastar o atleta desde 1 dia até 6 semanas.
(...)
Em resumo, as lesões traumáticas nos atletas de voleibol felizmente não são tão frequentes. Porém, a sua prevenção é mais difícil, e sempre podemos nos deparar com alguma lesão mais surpreendente, como uma concussão cerebral num choque de cabeça entre jogadores que vão defender a mesma bola, ou mesmo uma fratura cervical num choque com a sustentação da rede. Mas, tanto os atletas, quanto os profissionais da saúde e preparação física devem estar muito atentos à prevenção, e sempre realizar um tratamento correto para o reestabelecimento mais rápido e sem nenhuma sequela.

Veja o artigo na íntegra: Aqui

 
Por: Dr. Álvaro Chamecki, Médico Ortopedista da Seleção Brasileira Masculina de Volei e também Especialista em Joelho e Ombro da Clínica Artro



 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Qual é seu tipo de pisada?

Pronação: A pronação acontece quando há uma rotação interna excessiva do pé e do tornozelo. Desta forma, mais tensão é posta na estrutura do pé, o que pode desalinhar o tornozelo, os joelhos e os quadris. A pronação desperdiça energia, fazendo com que seu estilo de corrida seja ineficiente e aumentando o risco de dores na canela e articulações, ou até mesmo lesões, caso o atleta utilize o tipo de calçado errado.
Neutra: A pisada neutra é o tipo ideal de pisada, pois possui um nível equilibrado de pronação e supinação e cria uma absorção de choque eficiente na fase de apoio da pisada. O arco do pé tem altura média e o calcanhar permanece em posição vertical com relação ao solo. Um corredor “neutro” é geralmente mais biomecanicamente eficiente e o risco de lesões é menor.
Supinação: A supinação é o oposto da pronação e descreve uma situação em que o pé rola para o lado de fora. Neste caso, as forças durante o ciclo da pisada não são distribuídas igualmente pelo pé, que possui o arco alto e não tem sua mobilidade afetada. O peso do corpo do corredor fica nos dedos de fora, o que pode gerar lesões, principalmente nos joelhos, pés, e nas costas.

Tipos de Arqueamento


Deixa uma marca com uma faixa estreita ligando o peito do pé e o calcanhar. Chamado de pé supinado ou subpronado, o corredor com esse tipo de curvatura deve selecionar um calçado nas categorias Supinador a Neutro.
Deixa uma faixa normal ligando o peito do pé e o calcanhar, um pouco mais ampla do que o pé cavo, mas que ainda tem certa curvatura. Os corredores com pés neutros devem selecionar sapatos nas categorias Neutro a Pronador.
Possui uma curvatura muito pequena e deixa uma faixa quase completa entre o peito do pé e o calcanhar. Os corredores que possuem pés planos – ou chatos – devem selecionar sapatos nas categorias Pronador a Pronador Severo.
Mais informações consulte o site: http://www.asics.com.br/tipos-de-pisada/

quinta-feira, 7 de março de 2013

JOANETE

Dr. Eduardo Rocha, especialista em tornozelo e pé da Clínica Artro, esclarece algumas dúvidas sobre um dos problemas mais comuns nos pés, o Joanete.

Veja abaixo as perguntas mais frequentes:
  • O que causa o joanete e qual é a melhor forma de evitá-lo?
O joanete ocorre em pacientes que tem uma tendência hereditária , congênita no formato dos ossos dos pés e desencadeado pelo uso de calçados inapropriados, como os com salto alto e frente estreita. A melhor forma de evitá-lo é restringindo o uso de calçados sociais (salto alto e frente estreita) e procurando o ortopedista quando dores nos pés ou dúvidas quanto presença de joanetes.
  •  Quas os principais sintomas desse problema?
Dores nos pés, principalmente na região interna e anterior, deformidades dos calçados e dificuldades para encontrar calçados adequados ao formato dos pés.
  • Que tipo de calçados mais adequá a quem já tem joanete?
Quem tem joanete deve usar calçados confortáveis, com a frente ampla, bom sistema  amortecedor no solado, evitar saltos com mais de 5 cm. Os que mais se adequam a este perfil são: tênis, sapatênis, anabelas em geral (linhas confort).
  • A cirurgia realmente "elimina" essa deformidade nos pés? Qual a melhor forma de tratá-lo?
A cirurgia é indicada para os pacientes que foram submetidos ao tratamento clínico com calçados  adequados e não obtiveram sucesso, permanecendo com dores. A cirurgia corrige a deformidade facilitando o uso de calçados e amenizando as dores. Importante lembrar que mesmo após o tratamento cirúrgico com sucesso, o paciente deve evitar o uso de calçados inadequados, as mulheres não devem usar os calçados sociais (salto alto e frente estreita) no dia a dia.
  • Há incidência maior em homens ou mulheres?

A maior incidência é em mulheres pelo uso de calçados inadequados.
  • Crianças podem ter joanetes?

Crianças podem ter joanetes, principalmente por alterações congênitas no formato ósseo dos pés, não é tão frequente como no adulto. O ortopedista deve ser consultado sempre que houver dúvidas para diagnóstico e acompanhamento.


Assista o vídeo abaixo e veja o procedimento cirúrgico: