domingo, 15 de agosto de 2010

CIRURGIA DE JOELHO GANHA VERSÃO HI-TEC.

Acaba de chegar ao país uma cirurgia guiada por computador que ajuda ortopedistas a identificar com precisão como devem ser feitos os cortes nos ossos. O objetivo é devolver a mobilidade ao joelho em casos de lesões nas articulações. Até agora, esse cálculo era feito a partir de exames de raio-X, com maiores chances de erro. O desgaste na cartilagem - causado por excessos na atividade física, acidentes, má formação, alterações degenerativas, etc.- acaba gerando uma sobrecarga na tíbia que, sem o amortecimento da cartilagem, se deforma.
Pacientes jovens, que não tem indicação de prótese, podem, quando indicado, serem submetidos a um procedimento chamado osteotomia - um corte no osso que realinha a posição do joelho, tranferindo a carga do peso sobre a parte boa do joelho -, também com ajuda no navegador. Isso pode retardar a colocação da prótese no joelho em dez - ou mais - anos. Esse tipo de procedimento, que libera a pressão sobre a região desgastada, tem duas indicações principais: alivia a dor, quando a pessoa já enfrenta limitações, e evita que o osso se desgaste, quando ainda não há sintomas. Até agora, o cirurgião decidia como fazer esse alinhamento a partir de cálculos. Na nova técnica, chamada osteotomia por navegação, um equipamento reproduz no computador a perna e as articulações do paciente.
Em tempo real, o equipamento vai orientando a posição dos cortes a serem feitos e os ângulos entre os ossos. O sistema permite calcular o alinhamento com precisão de milímetros, o que faz a diferença, já que um pequeno desvio basta para causar o insucesso do procedimento. "Apesar de os resultados com a cirurgia tradicional serem muito bons, essa técnica inovadora vai ajudar a melhorar mais ainda o procedimento" diz o Dr. Murilo Santos, especialista em cirurgia do joelho e um dos responsáveis pelas cirurgias de prótese de joelho da ARTRO. Mas, segundo ele, os pacientes devem ser muito bem selecionados: não podem ser obesos e devem ter desvio de alinhamento, por exemplo. Pelo seu alto custo, o navegador está presente apenas em alguns hospitais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Por enquanto.

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