quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O SANGUE QUE CURA.

A mais nova moda (aqui sem conotação pejorativa) do tratamento na medicina esportiva é conhecida por três letrinhas: PRP. Significa Plasma Rico em Plaquetas e é uma nova alternativa de tratamento para algumas lesões. De descoberta muito recente (faz menos de oito anos que seu uso foi melhor definido e os estudos avançaram), foi inicialmente utilizado na Ortopedia com a intenção de acelerar a consolidação de fraturas, mas foi primeiramente empregado pelos cirurgiões plásticos no começo da década de 90.

Ok. Mas de onde vem isso? Resumidamente, funciona assim: o paciente tem retirado poucos mililitros de sangue, como em um exame de rotina. Depois de devidamente acondicionado num recipiente específico, ele é colocado numa pequena máquina, idealizada para esse fim, que fará sua centrifugação, separando a parte líquida (plasma) da parte celular (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas). Apenas o plasma junto com a porção que contém as plaquetas é separada e injetada na região que se pretende tratar.

Os estudos recentes demonstram fortemente que o PRP estimula o processo de cicatrização de algumas lesões. E já há um bom número de patologias que estão sendo beneficiados com sua utilização. Entre elas estão as lesões tendinosas de uma maneira geral (epicondilite lateral e medial do cotovelo, tendinite patelar, lesões do manguito rotador do ombro, lesões do tendão de Aquiles), algumas lesões ligamentares do joelho e alguns casos de artrose.
É claro que ainda serão necessários mais estudos sobre esse novo método terapêutico- e, por ainda ser muito pouco difundido, o preço é outro impeditivo - mas os primeiros resultados parecem muito promissores. Tanto é que a Academia Americana de Ortopedia publicou na edição de outubro do sua revista os conceitos mais atuais e as suas aplicações na Medicina Esportiva.

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